
Depois de um dia corrido e cansativo, todo mundo quer ter uma boa noite de sono. A insônia é a dificuldade de iniciar ou manter o sono. Logo, duas soluções vem ganhando destaque para corrigir o problema do sono: benzodiazepínicos e outras drogas.
O inimigo do sono: conheça a insônia
Sobretudo, a insônia é responsável por afetar a qualidade e/ou a quantidade do sono, afeta o dia seguinte, trazendo desconforto, fatiga e dificuldade de concentração.
Desse modo, conforme o DSM-V (Manual Diagnóstico e Estatístico de transtornos Mentais), o diagnóstico de insônia tem como critérios:
- Insatisfação com a quantidade ou qualidade do sono associada à dificuldade de iniciar, manter ou acordar cedo;
- Funcionamento prejudicado em múltiplos domínios (social, ocupacional, acadêmico ou comportamental);
- Relatos de ocorrência, no mínimo 3 vezes por semana (por pelo menos 3 meses);
- falta de sono sem uso de substâncias;
- Nenhuma outra comorbidade foi descrita para insônia.
Ainda mais, podemos classificar a insônia em:
- inicial: a qual o indivíduo tem dificuldade em adormecer;
- intermediária: na qual é difícil manter o sono e o indivíduo acorda várias vezes;
- final: na qual ocorre um despertar precoce.
Ao diagnosticar a insônia, é necessário iniciar o tratamento. Primeiramente, são aplicadas medidas terapêuticas não farmacológicas como a higiene do sono. Porém, quando não há resposta, é necessário aplicar as medidas farmacológicas. Logo, dentre as várias classes de medicamentos que podem ser utilizadas, existem os benzodiazepínicos e não benzodiazepínicos.
Benzodiazepínicos e outras drogas
Analogamente, ultimamente, duas soluções ganharam espaço para corrigir o problema do sono: os benzodiazepínicos e outras drogas.
Sono: benzodiazepínicos
Os benzodiazepínicos são uma classe de entorpecentes usados mundialmente para tratar a insônia.
Sua ação é aumentar a afinidade do GABA com o sítio de ação.
Mas o que é o GABA?
GABA é um neurotransmissor inibitório e sua atividade aumentada leva à inibição do sistema nervoso central. Desse modo, ao aumentar a afinidade GABA, ocorre o aumento da frequência de abertura dos canais de cloreto.
Por conseguinte, esse composto, hiperpolariza as células, dificultando assim a ativação cortical devido à maior dificuldade do limiar de excitabilidade, o que causa depressão do sistema nervoso central.
Logo, apresentam bom efeito terapêutico e baixo risco de toxicidade. Todavia, não podem ser usadas por mais de 4 semanas, tendo capacidade de causar a dependência e tolerância.
Ainda mais, em baixas, também age como ansiolítico.
Portanto, os representantes da classe são: triazolam, midazolam, temazepam, estazolam. A escolha desses medicamentos estão ligados ao tipo de insônia sofrida pelo paciente.
Sono: Outras drogas
Assim também, existem diferentes drogas usadas para a insônia, no lugar dos benzodiazepínicos. Podemos classificar em:
- Drogas Z;
- Melatoninérgicos;
- e Almorexant.
Droga Z
As drogas Z, envolvem o zolpidem, zaleplon, zopiclona e essopiclona. São amplamente utilizadas atualmente.
Logo, essas drogas são agonistas mais específicos que os benzodiazepínicos agindo como agonistas parciais da subunidade alfa-1 do receptor GABA-A. Assim, essa característica de seletividade, faz com que os efeitos efeitos sejam, reduzindo a dependência e tolerância.
Portanto, são consumidas por um longo tempo.
Melatoninérgicos
Como a melatonina está intimamente envolvida no sono pois inibe o núcleo supraquiasmático (que mantém a vigília), o uso de agonistas dos receptores de melatonina, MT1 e MT2, pode ser uma opção.
Estes medicamentos são considerados “naturais”, como: a agomelatina e ramelteon.
Logo, é recomendado para tratar pacientes com insônia primária.
Almorexant
Essa droga, não está disponível no Brasil, mas age como um antagonista dos receptores de orexina, substâncias que ativam o sistema monoaminérgico ativador ascendente, que impulsiona a ativação cortical pela liberação de monoaminas (noradrenalina, histamina, serotonina e dopamina).
O almorexant, ao ligar-se a estes receptores, previne a ativação do sistema monoaminérgico de ativação, facilitando assim a indução do sono.
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